O ser humano possui capacidades biológicas e psíquicas distintas que o faz um ser não só inteligentes, mas social. No qual desenvolve linguagem complexa gerando um mundo simbólico de acordo com o grupo dentro de suas especificidades locais geográficas e históricas.
Assim percebe-se que o homem tem a necessidade de dá sentido as coisas que vive, sente e presencia. Isto é, compartilhando com outros, e com o tempo esse compartilhamento e vida comunitária dentro dos limites de comunicação e geografia gera formas singulares de viver e compreender o mundo que se apresenta. A isto, podemos compreender como cultura.
A cultura não é somente um conjunto de conjecturas e saberes sobre algo, mas principalmente é a forma de viver com seus saberes, crenças, tecnologias e organização de um grupo em um momento histórico e geográfico.
É interessante que para se fala de cultura, é necessário se falar e pontuar em grupos ou populações, pois só existe cultura, ou viver com significado, quando existe outro para compartilhar, e construir formas próprias para viver, significar e compreender um mundo dado.
Desta forma, conhecemos a cultura organizacional, como a construção coletiva de seres humanos individuais num projeto de finalidades coletivas em um grupo de pessoas que possuem um nível de interação em tempo e um espaço geográfico (ou hoje no espaço virtual).
A cultura organizacional é construída por meio da convivência de um grupo numa finalidade. Verifica-se como a capacidade de se questionar em um grupo: O que fazer? Como fazer? Para que fazer? O que significa? O que ocorre caso não se dê certo? Como se pode fazer melhor? Como se ganha mais para o individuo ou para o grupo?
O ato de se organizar cria necessidades espontâneas para a convivência e papeis nesta comunidade ou grupo. Tais como liderança, funções de trabalhos distintos, construção de materiais, construção de processos e estrutura de organização simbólica.
Neste momento a Sociologia e a Cultura Organizacional se encontram, pois se questiona como os grupos se organizam socialmente? Neste momento criam-se os valores, crenças-pressupostos, ritos, rituais-cerimônias, histórias, mitos, tabus, heróis e normas.
A necessidade de padrões para conhecer e entender o comportamento social, o que significa, para que serve (propósito) em um grupo para identificá-lo e dá o seu valor para o grupo. Como é reproduzido, como é desestimulado determinados comportamentos? Como verifica se uma cultura responde as necessidades novas num mundo que se transforma? Pois a cultura significa um mundo psicológico em interação ao mundo imaginário coletivo, que é a interpretação do mundo físico e o mundo de outros.
Pode-se analisar isso com base em sociedades diferentes, tais como: grupos financeiros de Nova Iorque, tribo indígena Yanomami, comunidade de seringueiros, moradores de um bairro de periferia numa cidade urbana, etc.. Cada um responde a situações dentro do contexto simbólico e social que está inserido. Como cada um desses grupos responderia ao incesto ou a um infanticídio, talvez ao roubo ou casamento? Seria a mesma resposta? Com certeza não.
Mas como podemos dizer que algo está certo? Ou errado? Qual será referencia de valores? Mas se existem valores estes estão em uma cultura implícita. Como julgar outra? Assim, percebermos que não é simples o comportamento humano e social.