Enganos no ensino-educação

23/11/2013 14:52

É muito importante que o educador tenha clareza do ato de educar. Com isto quero dizer que não é o ato de instruir (ensinante) se transforma em educação, também é duvidoso o fato de se viver no cargo de professor se torna educador.

Quando se fala nisso, é pois, visto que muitos não sabem qual é a direção que conduz os aprendentes nos seus momentos de regências. Não projeta o que seu apredente pode conquistar com isso, muita das vezes encara como obrigação de vomitar conteúdos e não problematiza as possibilidades que o aprendente podem usufruir com dado conteúdo/prática.

 

Figura 1: Será que estamos nos jogando no lixo?

Posso elencar três coisas que me incomoda nesta situação:

Primeiro: Confusão de impor temor pela punição de reprovar estudantes e não educar pelo exemplo de gestão democrática e humana. Quando falamos disso indica a situação de profissionais da educação ou instrutores se colocarem acima dos estudantes como pessoa, importância e responsabilidade. No ato de educar nunca some a hierarquia de quem educa e de quem é educado, mas se considerar superior a outras pessoas não é uma postura adequada. Visto que quem enxerga desta forma conduz comportamentos de prestar ajuda, conduzir ao certo e ser/indicar sempre para o melhor que o outro (como se o educando não fosse uma pessoa tão importante como o outro, e que não viva de forma honrada ou melhorarda do que o docente pensa). Já tive vários estudantes que trabalham e têm experiências que me orientam e não o contrário.
Segundo: Acreditar que planejamento de aula é ensinar o conteúdo conceitual do livro didático. Já vi muitos docente que o ato de planejar o mês e ou o ano letivo foi cópia o sumário do livro e dividir pela quantidade de páginas por uma faixa de tempo. Tenho ainda hoje dificuldade de conhecer professores que procuram conhecer a realidade da comunidade de sua escolas, o Projeto Político Pedagógico, Plano de Ação e regimento escolar; que conversem com a APMC (Associação de Pais, Mestre e Comunitários) para saber da situação local; e que o conteúdo conceitual é a única opção de conteúdo ensinável em sala de aula, se esquecem das orientações do PCN (quando o leram ou procuraram saber) dos conteúdo procedimentais e atitudinais que são importante como os outros. O que adianta o estudante saber as categorias da cadeia alimentar e não relacionar com a alimentação saudável, o impacto do processo alimantar dos organismos na destuição de ecossitemas e sua interação com cidades. Para isso, por exemplo, não precisa dá a aula de cadeia alimentar e depois fazer o diagrama para provar o que professor disse é verdade, mas problematizar quais são os animais invasores e exóticos que tem mudado a composição dos ecossitemas locais e daí estudar a cadeia-teia alimentar, por observações-registros-análises de locais com esses organismos (procedimental) e discutir quais são as melhores propostas para mater o equilíbrio ecológico (atitutinal), faz o aluno pensar e não repetir, tornar a ter sentido o conteúdo conceitual. Depois se reclama que as crianças não tem iniciativa de pensar na escola, como poderia, se é treinada a repetir e procurar repostas feitas.
Terceiro: Como os professores podem perder sua capacidade de se indignar com a realidade, coisas erradas, ignorância das coisas públicas. Como se vê docentes desconhecedores da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, dos Parâmetro Curriculares Nacionais, Regimento do Funcionalismo Público, e deixam coisas erradas acontecerem e não se manifestam para denuncia, exclamar e não aceitar a má condução da administração pública de sua escola pública e de outras verbas, por falta de fiscalização. A gestão pública e participativa parece coisas de comissões escolhidas para não falar nada e não analisar nada. Desta forma, como conduzir o alunado ao pensamento responsável pelos recursos do país, e deixar a falacia que tudo que vem do governo é pra usar sem respeito, pois vem outro???
Desta forma, não acredito que sem o tratamento de coisas tão básica como estas não pode-se pensar em aumento de salário, dinheiro na mão de gestores e ou até mesmo continuar a denominar-se de educador, pensa-se primeiro o que podemos alcançar e levar os estudantes de uma comunidade primeiro pela educação. Pois, para isso que necessitamos de educadores urgentes, pessoas que valorizem a formação humana e democrática para ajudar a construir uma nação e não ficar com olhos fixos no que vai ganhar com isso ($$$).
Ser um educador é tão ou mais necessário nos nossos dias do que deputados e senadores. Como vemos pessoas que não querem. Acho que olham somente o imediato e o agora, mas quem pode olhar a nação que estamos deixando para as próximas gerações. Estamos plantado hoje o que amanhã será nosso orgulho ou vergonha. Não mais ensinantes, mas mais educadores.