Introdução ao Saber Ambiental e a Transdisciplinaridade - Parte 2

Introdução ao Saber Ambiental e a Transdisciplinaridade - Parte 2

 

Por: Saulo C. Seiffert Santos

A alienação e a utopia de domínio do planeta pelo homem é cômico, se não fosse drástico. O homem alimenta a ilusão de poder sobre a Terra, como se a mesma precisar dele. Somos um sopro no tempo geológico, e o nosso impacto não é significativo. Só pra ter ideia, o meteoro que atingiu na península de Yucatan no México no período dos dinossauros foi de 10.000 vezes maior que a soma de todo armamento humano. Como dizer: Precisamos salvar o planeta! Não precisamos salvar o planeta, mas salvar nós de nós mesmos, do que nos tornamos e de que pensamos dominar.
 
Percebe-se que com o avançar da sociedade humana, dominamos e construímos mais conhecimentos com finalidades diversas, contudo para servência humana de explicação, técnica e prática numa conjunto sócio-histórico e epistemológica. No entanto, não acompanhamos essa evolução, mesmo que usufruem de seus benefícios.
 
Benefícios estes que tem custo! Este custo que tem sido pago pelo esgotamento dos recursos naturais, falta de qualidade de vida, ideologia alienada em pró do mercado e lucro. Nos tornamos tão dependentes das nossas criações, sociedades, cultura consumista-tecnológica que não nos imaginamos sem esse mal-necessário. Pois, também dela vem o melhoramento da saúde (expectativa de vida mundial é 68 anos), aumento da população (passou de 7 bilhões) e distribuição de serviços públicos, principalmente na zona urbana (atualmente há mais morando em cidades).
 
Apesar disso sofremos: aquecimento global, diminuição da biodiversidade, redução das floresta, desertificação, diminuição e competição por água potável, encarecimento do petróleo, etc. Este penúltimo foi muito importante, em razão da perda de milhões de dólares em questões de horas pelo aumento do barril de petróleo, isto fez uma motricidade para discursão em energia alternativas e tecnologia verde (o que faz perda de dinheiro em bolsa de valores fez mais efeito que anos de vozes de ecologistas e ambientalistas).
 
O problema que criamos não se resolve com receita de bolo e sua consequência é como cozimento lento de um sapo em água até a morte. Não percebemos os sinais da natureza e somos cegos para a nossa ganancia; nossas ferramentas são de imposição cultural, tecnológica e científica. como pensar adequadamente no problema e buscar alternativas metodológicas, e como unir tudo isto?